Para começar, vamos falar a respeito da origem do nome dos bits. “Bit”vem de BInary digiT,ou seja, dígitos binários. Isso porque cada bit é exatamente isto: um dígito binário que pode corresponder aos valores “0” ou “1”. O conjunto deles forma os dados na forma que nós conseguimos compreender.
Quando ainda estão como bits, apenas programadores conseguem decifrá-los, pois respondem a sequências binárias mais complexas. Nos códigos de programação, podemos encontrar os binários como ativação ou negação de certas tarefas. Por padrão, o “0” desativa as opções, enquanto o “1” faz o contrário.
Bytes: a informação tomando forma
Um conjunto de oito bits representa um byte, que é a fração dos dados que pode ser compreendida pelos usuários. Nesse caso, em vez de duas combinações possíveis, existem 255. Um caratere, por exemplo, pode ter o tamanho exato de um byte (dependendo da codificação utilizada), por isso alguns arquivos no formato TXT podem ser encontrados com menos de 1 kB.
Agora, uma curiosidade. Podes perguntar: “A imagem mostrada diz que o arquivo possui 23 bytes, mas ocupa 4 kilobytes em disco. Como isso é possível?”. Apesar de possuir poucas informações, o computador gasta os 4 kilobytes para armazená-lo, pois esse é o valor mínimo definido pela formatação do computador utilizado na ocasião.

Essa unidade é muito lembrada quando fazemos downloads. As taxas de transferência são medidas em kilobytes por segundo. E isso já funciona dessa forma há vários anos. Se em 1999 as pessoas baixavam músicas em velocidades de 3 kB/s, hoje há várias conexões que permitem downloads de 200 kB/s ou mais.
Um kilobyte é composto por 1.024 bytes. Essa é a primeira unidade (entre as citadas) que a grande maioria dos usuários deve conhecer. Muitos arquivos de texto e até mesmo fotografias com resoluções mais baixas possuem alguns kilobytes. As antigas disquetes de 1,44 MB permitiam que os utilizadores carregassem vários arquivos com essas dimensões.
Megabytes: o mundo multimídia
Se os kilobytes armazenam vários arquivos de texto, os megabytes permitem um mundo muito mais multimídia para os utilizadores. Em média, uma música em MP3 ocupa 5 MB no disco rígido e uma foto em alta resolução pode passar dos 2 MB facilmente, dependendo do formato do arquivo que for utilizado.
Todo o tipo de multimédia pode representar alguns kBs ou muitos MBs, tudo depende da qualidade com que são codificados. Isso inclui fotografias e músicas, como já dissemos, e também filmes. Um filme com baixa qualidade pode ocupar menos de 500 MBs, enquanto o mesmo com qualidade de 1080p pode chegar aos 25 gigabytes.
Gigabytes: a alta definição
Hoje, dificilmente encontram-se computadores à venda com discos rígidos inferiores aos 500 GB de capacidade. Até mesmo HDs externos podem ser encontrados com capacidades maiores do que essas e sem serem vendidos por preços absurdos, como acontecia até pouco tempo atrás.
Em tempos remotos (mas não tão remotos assim, quando o Windows 95 era o sistema operacional mais utilizado em todo o mundo), discos rígidos não chegavam a possuir a capacidade de 1 GB. Mas os sistemas foram evoluindo, outros softwares também e a demanda exigiu melhorias nos componentes de hardware.
Podemos afirmar que, nos próximos anos, os gigabytes devem limitar-se às mídias de alta definição e às pendrives, visto que HDs devem ultrapassar a casa dos terabytes em larga escala. Quanto aos multimédias: DVDs possuem 4,7 GB; Blu-rays, 25 GB e arquivos digitais podem ir muito além disso.
Terabytes: a nova necessidade
Quem poderia imaginar que seria possível dispor de um disco rígido com capacidade para armazenar um terabyte de informações? Pois, hoje a realidade é outra e os HDs permitem exatamente isso. Você já parou para pensar em quantas músicas poderiam ser armazenadas em um disco desses?
Vamos às contas.
Uma música em MP3, com cerca de 3 minutos, ocupa 5 MB.
Num 1 TB, poderiam ser armazenadas 200 mil músicas.
Caso fossem reproduzidas sequencialmente e sem interrupções, elas levariam 1 milhão de minutos para serem tocadas sem repetições de arquivos.
Isso representaria 17 mil horas ou 728 dias. Exatamente, seriam quase dois anos sem parar de ouvir músicas.
Se o mesmo cálculo fosse feito para filmes em Blu-ray, com cerca de 90 minutos e 25 GB, chegaríamos à conclusão de que 1 TB pode armazenar 40 filmes em alta definição. O que exigiria dois dias e meio de “maratona” para que todos pudessem ser vistos sem pausas. Para DVDs o período seria de 13 dias.
Petabyte: muito além do uso doméstico
Segundo James S. Huggins (especialista em tecnologia da informação), se fôssemos digitalizar livros, apenas 2 petabytes seriam suficientes para armazenar toda a produção acadêmica dos Estados Unidos. Já o Google processa cerca de 24 petabytes de informações todos os dias, o que demanda muitos servidores dedicados à atividade.
Um milhão de gigabytes. É exatamente isso que representa um petabyte, muito mais do que qualquer pessoa precisa para armazenar seus dados. Na verdade, é muito mais do que muitas empresas gigantes precisam. Petabytes só são tangíveis se somarmos uma grande quantidade de servidores.
Exabyte: o tráfego da internet mundial
Não seria possível ouvir 1 bilhão de canções em apenas uma vida (capacidade de armazenamento de um HD hipotético de 1 EB). Os exabytes ainda estão muito distantes dos computadores comuns, mas já são uma realidade na internet mundial.
O Discovery Institute (uma instituição sem fins lucrativos) realizou alguns estudos e concluiu que, todos os meses, são transferidos cerca de 30 exabytes de informações na internet mundial. Isso representa 1 EB por dia, ou 1 bilhão de gigabytes de dados circulando a cada 24 horas.
Zettabyte: todas as palavras do mundo
O estudo mais curioso que já foi realizado com base nos zettabytes é de Mark Liberman (linguista da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos). Ele constatou que, se fossem gravadas todas as palavras do mundo (de todos os idiomas, digitalizadas em 16 bits e 16 kHz), seriam necessários 42 zettabytes para armazenar toda a gravação.
Você consegue imaginar o que são 1 bilhão de HDs de 1 terabyte? Agora imagine todos eles lotados de dados. Pois isso é o mesmo que ocupar 1 zettabyte com informações. Essa unidade é muito maior do que conseguimos imaginar ao pensarmos em computadores comuns.
Yottabyte: mais do que existe
Dividindo um yottabyte pela população mundial, teríamos 142 terabytes para cada pessoa. Tendo em conta que apenas 25% das pessoas possuem acesso a computadores, essa quantia seria aumentada para 568 terabytes (pouco mais do que a metade de um petabyte). Seriam 23 mil filmes em Blu-ray para cada um.
Some todas as centrais de dados, discos rígidos, pendrives e servidores de todo o mundo. Pois saiba que essa soma não representa um yottabyte. Um trilhão de terabytes ou um quadrilhão de gigabytes: não é possível (pelo menos por enquanto) atingir essa quantia.
Eu quero um portátil com 100 Yottabyte de disco!!!
Até o ano de 2008, nenhum computador alcançou a marca de um yottabyte de armazenamento. Mesmo se combinarmos o espaço de todos os discos de armazenamento no mundo o valor armazenado não alcança nem um zettabyte. De acordo com um estudo, todos os computadores do mundo guardavam em dados cerca de 160 exabytes no ano 2006, com o valor aproximado de 1 zettabyte projectado para 2010.
Um Yottabyte é a maior unidade de medida da informática relativamente possível com a tecnologia que dispomos actualmente. Para armazenar um Yottabyte inteiro, usando a tecnologia actual, seria necessário construir uma estrutura colossal de servidores.
Quanto cabe num Yottabyte?
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